sábado, 29 de abril de 2023

Movimentos evangélicos das últimas décadas

Movimentos evangélicos das últimas décadas

Os movimentos evangélicos das últimas décadas têm sido caracterizados por uma variedade de mudanças e desenvolvimentos. Aqui estão alguns dos mais notáveis:

  1. Crescimento numérico: Em muitas partes do mundo, os evangélicos têm experimentado um crescimento numérico significativo nas últimas décadas. Esse crescimento é particularmente pronunciado na África e na América Latina.

  2. Renovação carismática: Muitas igrejas evangélicas têm experimentado um renascimento na prática do Espírito Santo. Isso pode incluir o uso de dons espirituais, como falar em línguas, profecia e cura divina.

  3. Adoção de tecnologia: As igrejas evangélicas têm se adaptado à tecnologia, usando-a para transmitir seus sermões, compartilhar mensagens nas redes sociais e estabelecer comunidades online.

  4. Engajamento político: Em alguns países, os evangélicos se tornaram um poderoso bloco político. Eles têm apoiado candidatos e causas conservadoras e defendido posições em questões sociais e morais, como aborto, casamento do mesmo sexo e imigração.

  5. Aumento da diversidade: As igrejas evangélicas estão se tornando cada vez mais diversas em termos de raça, etnia e cultura. Algumas igrejas estão trabalhando para se tornar mais inclusivas e para abordar as disparidades sociais e econômicas dentro e fora de suas comunidades.

  6. Preocupações sociais: Muitas igrejas evangélicas estão se envolvendo em questões sociais, como a justiça racial, a pobreza e a mudança climática. Elas estão procurando ser uma voz para a justiça e a compaixão em suas comunidades e além.

  7. Mudanças teológicas: Alguns evangélicos têm se afastado das posições tradicionais em questões como a homossexualidade e o papel das mulheres na igreja. Isso tem gerado debate e controvérsia dentro do movimento evangélico.

Movimento evangélico denominado G-12

O G-12 é um movimento evangélico que surgiu na Colômbia em meados dos anos 90. Seu nome vem do fato de que a ideia central é a formação de grupos de 12 pessoas, em uma estrutura hierárquica que se assemelha a uma pirâmide. A ideia central do movimento é a multiplicação de discípulos, líderes e igrejas, através da formação de novos grupos de 12 pessoas, liderados por um "supervisor" que recebe treinamento e orientação de um líder de nível superior.

O movimento G-12 se espalhou por vários países da América Latina e também em outras partes do mundo. Ele se caracteriza por uma forte ênfase na formação de líderes, através de seminários, cursos e retiros, e na busca pela "unção apostólica", que seria uma espécie de autoridade espiritual conferida aos líderes do movimento.

O G-12 tem sido criticado por algumas igrejas e líderes evangélicos, que o veem como uma espécie de seita ou movimento sectário. As críticas incluem a ênfase excessiva na hierarquia e na obediência aos líderes, a falta de transparência financeira e a ênfase na prosperidade material como um sinal de bênção divina. Por outro lado, os defensores do G-12 argumentam que ele tem sido uma ferramenta eficaz para a evangelização e a formação de líderes em muitas partes do mundo.

Movimento evangélico denominado Igrejas em Célula

As Igrejas em Células é um movimento evangélico que surgiu na década de 1980 na Coreia do Sul, liderado pelo pastor David Yonggi Cho. A ideia central do movimento é a organização de igrejas em pequenos grupos chamados "células", que se encontram regularmente para estudo bíblico, oração e comunhão.

Cada célula é liderada por um líder que recebe treinamento e orientação de um líder de nível superior. A ideia é que as células sejam auto-suficientes e capazes de se multiplicar, formando novas células que por sua vez formam novas igrejas. O objetivo final é a evangelização de toda a comunidade, através do estabelecimento de múltiplas igrejas em células.

As igrejas em células têm sido muito populares em vários países, incluindo Brasil, México, Argentina e Estados Unidos. Elas se caracterizam por uma ênfase na formação de discípulos e no envolvimento ativo dos membros da igreja em seu ministério. Além disso, o movimento enfatiza a importância da oração e da intercessão, bem como a necessidade de cada membro estar envolvido em algum tipo de serviço voluntário na comunidade.

As críticas às igrejas em células incluem a preocupação de que a ênfase na multiplicação de igrejas possa levar a uma fragmentação do corpo de Cristo e à falta de uma liderança forte e centralizada. Além disso, algumas pessoas também questionam a abordagem intensiva de liderança e a estrutura hierárquica do movimento. No entanto, os defensores das igrejas em células argumentam que o movimento tem sido eficaz na evangelização e no discipulado de muitas pessoas, especialmente em comunidades onde as igrejas tradicionais não conseguem alcançar.

Relação ou ligação entre o movimento evangélicos denominado G-12 e as Igrejas em Células

Embora haja algumas semelhanças entre o movimento G-12 e as Igrejas em Células, eles são movimentos distintos e não há uma ligação direta entre eles.

Ambos os movimentos enfatizam a importância da formação de discípulos e da multiplicação de igrejas através de grupos pequenos, mas suas abordagens são diferentes. Enquanto o G-12 se concentra em grupos de 12 pessoas com uma estrutura hierárquica rígida e uma forte ênfase na autoridade apostólica, as Igrejas em Células enfatizam a formação de pequenos grupos que são liderados por membros da própria comunidade, sem uma hierarquia rígida.

Além disso, enquanto o G-12 é originário da América Latina, as Igrejas em Células têm sua origem na Coreia do Sul. Apesar de terem se expandido para outras partes do mundo, eles têm contextos culturais e teológicos distintos.

Em resumo, embora os dois movimentos tenham algumas semelhanças em sua abordagem de grupos pequenos e discipulado, eles são movimentos distintos com abordagens e origens culturais e teológicas diferentes.

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